Mulher Negra e o saber psicológico

Autores:

Elcimar Dias Pereira
Enoe Isabela Baía de Moraes

Resumo:

Conforme discorrido por muitas pesquisadoras brasileiras (GONZALEZ, 1982; CARNEIRO, 2003; NASCIMENTO, 2008; WERNECK, 2010; PRESTES, 2013), as mulheres negras na história do país sempre tiveram um papel ativo no que diz respeito ao trabalho, estratégias de luta, cuidado e disseminação de saberes. Contudo, a história e conhecimentos hegemônicos construíram uma imagem estereotipada e subalternizada dessas mulheres, não legitimando os saberes por elas produzidos. Há algumas décadas que o exercício para visibilização das mulheres negras como produtoras e disseminadoras de saberes vem sendo feito, na sua maior parte por mulheres negras que estão ocupando espaços de construção dos saberes legitimados, como as universidades. A psicologia, como um campo de saber que hoje se configura de maneira diversa, na sua história já contribuiu de várias formas na construção de um olhar sobre o corpo negro em uma perspectiva desumanizante, mas tam- bém existe, na sua história, perspectivas críticas do saber psicológico que problematizaram as relações de desigualdades, discriminação e estereotipificação e consideram a alteridade como componente im-
portante na constituição do saber psicológico. Portanto, este texto visa apresentar como a práxis das mulheres negras permeada pela alteridade, cuidado e valorização da comunidade pode ser conside-
rada um tipo de saber psi.

Referências:

Pereira, Elcimar Dias & Moraes, Enoe Isabela Baia de. Mulher negra e o saber psicológico. In: Cristiane Souza Borzuk; Rita de Cássia de Andrade Martins. (Org.). Psicologia e Processos Psicossociais: teoria, pesquisa e extensão. 1ed.GOIÂNIA: Editora da Imprensa Universitária, 2019, v. , p. 2-264.

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